As franquias representam quase 37% da ABL (Área Bruta Locada) dos shopping centers no Brasil e nos dias de hoje, suas marcas são as verdadeiras âncoras e as que geram tráfego para os empreendimentos. Também são negócios que apresentam as menores taxas de inadimplência. Outro dado que impressiona é a taxa de mortalidade de negócios independentes instalados em shopping comparados com franquias. De cada 9 negócios que fecham em shopping, apenas 1 é uma franquia. É por isso que custos de instalação mais realistas e custos de ocupação compatíveis com cada tipo de negócio deveriam ser políticas de incentivos adotadas por shopping centers para as franquias.

Mesmo sendo os shopping centers alvo de desejo de muitas franquias em expansão hoje no Brasil, é bom saber que há negócios que apresentam diferentes desempenhos na rua, no shopping ou em centro comercial. O segredo está em calcular a relação entre investimento de instalação e a de custos de ocupação com as receitas geradas por cada um desses locais antes de instalar o negócio num shopping, ou seja, calcular o retorno sobre o investimento.

Um bom método de avaliar o potencial do ponto de venda de um shopping é através da contagem de transeuntes em dias e horários que representam uma amostra confiável e multiplicar pela taxa de conversão de vendas de cada negócios (de cada passante, em média, quantos entram e quantos dos que entram efetivamente consomem). Devido ao grande potencial das franquias, os donos de shopping centers já sabem muito bem avaliar se uma rede de franquias trará sucesso ou não para o empreendimento. Uma das formas de avaliação é pela experiência de cada franqueador passada ao franqueado na operação do negócio. Esses detalhes podem ser identificados desde a forma como são negociados os pontos, pelo treinamento dado ao franqueado e seus funcionários, qualificando a operação do negócio, e pela forma profissional como são realizadas as instalações da franquia.