Ao iniciar a estruturação de uma empresa franqueadora é fundamental definir o objetivo da organização em questão e, objetivamente, existe uma única razão para existir: obter alto desempenho da rede de franquias.

Com esse objetivo, é preciso contar com uma estrutura direta e simples. Quanto menor o número de níveis hierárquicos entre os franqueados e a administração, maior será a aproximação do consumidor final.

Numa rede de franquias profissionalmente estruturada, o franqueado serve o consumidor final e é servido pelo franqueador. Isto não significa que o franqueador perde o papel de controlar a rede, mas tem suas obrigações para com o franqueado e, entre muitas, está o desenvolvimento de uma organização sensível às necessidades do franqueado.

Para satisfazer a essas necessidades, a estrutura administrativa do franqueador deve aplicar o princípio da descentralização organizacional e funcional. Este princípio direciona as atividades e atribuições de cada cargo para o desenvolvimento e manutenção de um relacionamento contínuo com outra entidade organizacional autônoma – a franquia dirigida por um franqueado.

Antes de abrir a franquia, o franqueado mantém um intenso relacionamento com todas as áreas funcionais da organização franqueadora. Logo após iniciar suas atividades, esse relacionamento passa a ser simplificado e direcionado para uma cadeia de comando direto com a Diretoria de Operações, por meio da consultoria de campo que atua regionalmente na rede franqueada. As demais áreas funcionais da organização franqueadora também se interligarão periodicamente para dar o suporte operacional ao franqueado, mas de forma menos freqüente.

Devido à sua natureza, estas atividades serão centralizadas, pois são especializadas e o franqueador detém a experiência e o conhecimento na operação do negócio. São serviços fornecidos à rede de franquias que reduzem os custos operacionais e minimizam a margem de erros e que seriam muito dispendiosos, se o franqueado tivesse montado um negócio independente. A estrutura descentralizada de uma empresa franqueadora possibilita que mais franquias possam ser implantadas em novos mercados, sem que, para isso, seja exigida uma nova organização, ou até mesmo o aumento do quadro de pessoal. Por esse motivo, é importante que os sistemas operacional e funcional do franqueador sejam desenvolvidos como conseqüência de um processo profissional de planejamento e não apenas por evolução.

A premissa é simples: “se você não está servindo o consumidor, deve servir alguém que esteja”.